quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

"CORAÇÃO DE PESCADOR"




Se o blog é de pescarias e como não podemos pescar o tempo todo, nada melhor que falar de FILMES sobre esse assunto.
Ia começar com “Tubarão” mas, como nesse filme quem é “pescado” são as pessoas, achei melhor começar com algo mais light...

E achei esse “Coração de Pescador” (“The river why” - 2010 – com William Hurt, Zach Gilford e outros – Dir. Matthew Leuywyler).]
Apesar do foto acima, o filme não é um "romance meloso".
A historinha de amor que tem no meio, não compromete o resto do filme.

No filme, um rapaz, deixa a família, depois de uma briga, para ir pescar em tempo integral.
É aquela pescaria de “gringos”, em riozinhos de pedra, em lugares com paisagens maravilhosas, onde se pesca truta arco-íris.
Pesca com mosca, que pra gente, ainda é algo meio “esquisitão” (apesar de eu achar muito bonito...).

O cara arruma um amigo filósofo, conhece um monte de crianças a quem ele ensina a pescar, passa a viver da venda de iscas e varas que ele mesmo faz, arruma uma namorada lindinha e se reconcilia com a família.
Bem dentro do roteiro, sem maiores surpresas.

As paisagens são muito bonitas, a fotografia é excelente, o enredo bobinho.

O que fica do filme, é a sensação de tranquilidade que, aparentemente, a pesca com mosca (“fly”) traz.

Fiquei pensando.
Vamos, todo ano, pra Amazônia.
Nossa pescaria é, no mínimo, uma pescaria “vigorosa”: arremessamos iscas artificiais pesadas, que são recolhidas e lançadas novamente, vezes sem conta, até que fisgamos um briguento tucunaré e nos envolvemos em uma luta que nada tem de relaxante.
Se vamos para o peixe de couro, a coisa é ainda pior: se tem momentos de tranquilidade, enquanto esperamos o peixe morder, quando ele morde a briga é feia.

Nosso relaxamento é POSTERIOR a pescaria.
Somente quando voltamos para o barco, depois de contar as “mentiras” todas, depois de comer e beber, só aí nos damos ao luxo de relaxar, olhar pro céu ou pra paisagem.

Pessoalmente, às vezes vivo momentos “zen”.
Arremessar iscas é um “serviço pesado”. Mas o cansaço físico é bom.
Fazê-la atingir exatamente AQUELE ponto em que você acredita que more o maior tucuna da Amazônia, requer concentração.
Mesmo preparar a vara, dar o nó, que fará com que a isca não se perca, requer perícia e cuidado.
É bom.

E se tem alguma coisa, na pescaria, que me incomoda muito, é o barulho do motor de popa.
Quando vão inventar um motor elétrico para grandes deslocamentos?


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